Como se tivesse passado por todas as provas do mundo finalmente encontrava um lar. Uma casa ampla, de luz do amanhecer em cima da cama, de chão de madeira e janelas grandes na sala para uma paisagem muy hermosa. Tá certo, um tanto rural demais, certo desmantelar com o verde, meio bordel de gente que se diverte a noite, mas de tão bom um interior que olha a azaléia no primeiro plano da vista.
O vizinho ao fundo abre a torneira. Do lado da casa, um posto de gasolina, e uma oficina mecânica. Mas a casa tem sempre música, por que seus novos habitantes são por demais expressivos para deixarem se abater pelos barulhos urbanos. Mesmo sob a pressão do funk do vizinho do meio do quarteirão ou da oficina mecânica.
Era casa viva essa. A vista dizia passarinho.
Sempre se é virgem em alguma coisa. Não ser mais virgem em algo é sinal que alguma aventura já começou. É reconhecer o que se é, e que se quer estréia. Passar a ser um deixar-se levar ao sabor das palavras e imagens. Do nunca feito. De uma conquista. De um livro. De um filme. De uma peça de teatro. De um amor. De uma verdade. Antes todas as pessoas reconhecessem mais habitualmente suas virgindades. seriam sempre jovens assim como um ponto de exclamação!
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