quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sonhos soltos.

Por que fecho os olhos e te vejo. Por que é bom tê-lo vivo por que sempre o queremos bom, nunca ruim, nunca pesadelo. Por que às vezes não o controlamos, mas sempre com ele aprendemos. Por que tê-lo é ter sempre um horizonte de futuro, uma esperança que não se acaba. Por que pode ser doce como nome de sobremesa. Por que pode ser uma Utopia. Um misticismo. Uma premonição.  Por que se materializa com o nome de realização. Por que é tão humano. Por que nunca pode ser vendido. E sempre nos invade a noite, quando lá estamos; recolhidos do dia vivido, soltos em nossos pensamentos.
Por  que pode ser um ótimo enredo de Carnaval. Por que poetas, músicos, artistas, dele bebem. Por que é tão amplo que dele nada se duvida. Por que a Lua é sua inspiração. Por que pode ser de amor, de família, de lugares, de prazeres, e ainda sim, enigmas.
Ele, a quem reflito tantas perguntas, só permanece vivo por que ainda estamos vivos, no meio da dureza da realidade, da guerra de todo dia. Seria ele o fator escondido que nos gera a vida? Realizar-se é o sonho de todo sonho.  Não seria uma medida que nos torna todos iguais? Felicidade é sempre adiante na vida, mais e mais, não seria a vida pro sonho, sua comida?
Quais são seus sonhos? Não seria uma pergunta sempre pertinente para se avaliar alguém? Seus almejos, suas medidas. Sonhar com bicho não dá pra ganhar na loteria? Há quem sempre acerte, talvez por que sinta alguma mensagem cifrada, encolhida de sono.
Enfim, sonhar parece ser importante pra nós. Justamente por sua existência despercebida?
Por que tantas perguntas, já que ninguém vive de sonho?
Perguntar sobre seus sonhos é perguntar-se: Quem quero ser na vida?

Por tantos enredos, por tantos desejos o próprio sonho se justifica.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dia 2 de fevereiro é forte candidato à Feriado Nacional?

Pelo dia do Bom Senso Político!
Pelo dia da Diversidade!
Pelo dia da Ressaca!

Eu, como mero professor de sociologia, convoco à toda nação face-bukovskiana, a exigir do congresso nacional o "Dia do Bom senso político" - comemorando o tão sonhado dia que tenhamos uma democracia de verdade, sem desvios de discussões e de dinheiro, - um dia em que representantes do poder não desviem o olhar da sociedade civil das questões sociais usando como subterfúgios discussões inóquas sobre a criação de dias comemorativos! 

Imagino eu, que se tem algum hétero comemorando a criação do seu dia, no minimo ele deveria se perguntar:  mas por que se criar um dia para se comemorar a minha orientação sexual? De quais lutas eu participei pra me afirmar hétero?

Nasci? 

Pelo que me lembre, dos anais da História, os Héteros nunca foram ofendidos, julgados, vilipendiados, perseguidos, mortos, odiados, escondidos, ocultados, humilhados, por serem Héteros. Os Homossexuais, sim, já foram.

Mas mesmo assim, e ainda assim, algum Hétero ainda pode se perguntar: Mas se os gays tem o seu dia de orgulho, por que nós não o temos? Direitos iguais, diria um irônico... Imagino que alguns vereadores da câmara de São Paulo tenham usado isso como argumento para criar tal dia...Sofrem tanto de pré-conceitos, esse vereadores de tão pouco poder,e batem a mão no peito e falam com a boca cheia que são Héteros ofendidos, e injuriados com os excessos feitos pelos gays (palavras do tão comedido vereador do Democratas ...)

"Dia do Orgulho Hétero é o dia que lampadada na cara tá liberado! se desmunhecar, leva na cara, falô, eu sou espada!"

 Por que não escolheram essa data pra ilustrar melhor o que é o Orgulho Hétero? Dia 14 de novembro (foi essa data da selvageria na Paulista) mostrou bem a faceta do que pode significar orgulho Hétero.... ficaria mais adequado e mais honesta essa data, lâmpadas usadas podem finalmente encontrarem um fim justo! Não, mas não escolheram o dia 14 de novembro para o dia do Orgulho Hétero, escolheram o doce e natalino terceiro domingo do mês de dezembro. Na cabeça de quem escolheu a data ficou a imaginação preconceituosa de  todo mundo feliz em ter uma "Família só de Hetéros", como se homossexuais não partilhassem da família, todos reunidos as voltas com presépios e do espírito cristão medieval ao pé do Menino-Jesus. Enquanto algum gay apanha na Paulista. Linda Cena. Ótimo Feriado! São Paulo vai ficar muito melhor com essa benfeitoria feito pelo vereador Carlos Apolinário do DEM-SP.  

Não acho que devamos comemorar dia de "Orgulhos", de orgulho já viveram muitos movimentos sociais que não compreendiam a diversidade humana... mas o dia do Orgulho Gay foi criado como um grito, de que gays não precisam de tratamento para virarem héteros, pois até um tempo atrás  a maioria da sociedade - incluindo médicos, líderes religiosos e até psicólogos (pasmem! mas aconteceu...) consideravam que os gays eram um caso de saúde mental! Gosta de alguém do mesmo sexo: lavagem cerebral, em alguns casos era a receita! É justo que a data tenha sido criada, e na época em que foi criada, nos tempos idos de 69 na Rebelião de Stonewall. Agora, criar um dia do Orgulho Hétero logo após a aprovação do casamento gay é no minimo falta de bom senso, é querer fazer uma guerrinha pra mostrar "quem é mais importante"  numa queda-de-braço em busca em busca duma supremacia entre as orienteções sexuais que os movimentos organizados que trabalham com a questão LGTTB nunca reivindicaram.  O dia do Orgunlho gay sempre foi comemorado em busca do respeito e reciprocidade, e da afirmação de que todos podemos constituir família. Sempre foi comemorado com festa na Paulista.  A questão da diversidade sexual não está balizada numa medição de força entre Héteros e Homos, mas sim sobre a questão dos direitos civis, do Estado Laico, do respeito.  O dia do Orgulho Gay  lembra todos os gays que enfrentaram a polícia, quando seus bares e sua presença em locais públicos eram proibidos... o dia do Orgulho Hétero lembra o que mesmo? Pura falta de bom senso político. Algum vereador, ou deputado, poderia argumentar que no dia do Orgulho Hétero tá liberada uma cota de piadinhas homofóbicas e exorcismos pra ver se transmutamos gays em héteros por via da fé de pastores desumanos...   

Bom, mas se os Héteros deputados estaduais ficaram com "invejiiiinha"do dia do Orgulho Gay e não perceberam a vergonha que eles representaram com essa discussão -  eu proponho a criação do Dia da Diversidade Sexual - no mesmo dia do "Dia do Bom senso político".  Assim, comemoramos todas as orientações sexuais, em comunhão. Hetéros, Gays, Lésbicas, Panssexuais, Assexuados! Univo-os e gozai-vos! E de quebra um pouco de bom senso, político, já que a política deveria ser o campo do respeito a diferença. 


Sugiro, até pra reafirmar o "Dia da Confraternização Universal",  o dia 2 de janeiro, dia que na prática já é feriado... assim emenda com o dia 1º, e aí tudo vira festa! Comemoramos o ano novo sempre pensando na diversidade e no bom senso político no segundo dia do ano - que também pode ser finalmente oficializado como o dia da Ressaca!

Que acham? 2 de janeiro pra feriado nacional?

P.s: pensei no dia 3 também... por que aí vira feriado prolongado... mas achei muita falta de bom senso político da minha parte, iria contradizer a primeira data comemorativa...
2 de janeiro - Dia do Bom Senso Político Dia da Diversidade Sexual Dia da Ressaca

sexta-feira, 6 de maio de 2011

http://www.youtube.com/watch?v=RJB5yHjAK8A&feature=related

Procurando um vídeo sobre a reação católica à aprovação do casamento gay, não achei nada recente, mas algumas coisas que haviam sido postadas antes. Ao ver esse vídeo  entendi "claramente" o que é a posição  da igreja para o "projeto de país" e a visão da "pessoa humana" por parte dos "verdadeiros cristãos", afirmando que o casamento gay, a legalização do aborto, é um desrespeito aos direitos humanos. É curioso como uma instituição que desrespeitou os direitos humanos tanto tempo, e com pecados muitos graves (não quero bancar o professor de história aqui) vêm com a boca cheia dizer que o casamento gay é um desrespeito aos diretos humanos, e que os homossexuais são "pessoas reduzidas a engrenagem do poder político, a engrenagem do estado"... Penso eu, e agradeço do passo dado em direção à uma visão mais realista e livre de preconceitos que o Estado brasileiro deu... e digo a igreja católica: que antes atrelados à engrenagem do Estado, que entende que o casamento não é só mérito daqueles que podem se procriar, mas sim daqueles que se amam, do que atrelado à engrenagem da igreja católica tão destruidora dessa nova família alicerçada no amor independente da sexualidade, e que por isso mesmo diz  muito mais sobre o que é a família.  Mulheres que se amam querem adotar filhos. Homens também. Crianças sozinhas querem famílias. E o que vai separá-las é o preconceito, igreja católica? eu pergunto... - e rezo (não é ironia não minha gente, eu sei rezar...)para um dia que a igreja estenda seu conceito de família e que visão reduzida é aquela que não entende nada sobre as várias facetas da humanidade e que ainda classifica as pessoas em "reduzidas e não reduzidas". Mas do jeito que anda, é capaz da igreja querer voltar a caça os hereges! Perdoe-os senhor, eles não sabem o que dizem! Saravá meu pai! Que Oxalá nos proteja...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sonhei que você sonhava comigo, ou seria o contrário? Caio Fernando Abreu estava junto, apenas me olhando de canto, como que dizendo: lá no fundo você sabe a resposta, baby. E acordado, ou apenas sonhando estar acordado, tive minha lucidez, minha pequena epifania. Sonhei que sempre sonhávamos juntos, e éramos respeitáveis em nosso sonho junto, sem mentiras, sem medos, tranquilos em nossas solidões enquanto meditávamos e rezávamos pelas mazelas do mundo, enquanto juntos lia-mo-nos. 

Ótima leitura pascoal pessoas! Legal pra se ler com quem sem ama.


http://www.4shared.com/file/BDde2Czn/Caio_Fernando_Abreu_-_Pequenas.html

terça-feira, 22 de março de 2011

Jogo.


Um Contra o Outro

Anda, desliga o cabo,
que liga a vida, a esse jogo,
joga comigo, um jogo novo,
com duas vidas, um contra o outro.

Já não basta,
esta luta contra o tempo,
este tempo que perdemos,
a tentar vencer alguém.

Ao fim ao cabo,
o que é dado como um ganho,
vai-se a ver desperdiçamos,
sem nada dar a ninguém.

Anda, faz uma pausa,
encosta o carro,
sai da corrida,
larga essa guerra,
que a tua meta,
está deste lado,
da tua vida.

Muda de nível,
sai do estado invisível,
põe o modo compatível,
com a minha condição,
que a tua vida,
é real e repetida,
dá-te mais que o impossível,
se me deres a tua mão.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Anda, mostra o que vales,
tu nesse jogo,
vales tão pouco,
troca de vício,
por outro novo,
que o desafio,
é corpo a corpo.

Escolhe a arma,
a estratégia que não falhe,
o lado forte da batalha,
põe no máximo o poder.

Dou-te a vantagem, tu com tudo, eu sem nada,
que mesmo assim, desarmada, vou-te ensinar a perder.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.


quinta-feira, 17 de março de 2011

Caramujo solto prefere ser astrólogo a professor de história.

Eu não sei se são as muitas provas pra se preparar, ou alguns trabalhos para corrigir, mas eis que percebo que ainda não havia postado nada em 2011, e quão preguiçoso eu, trabalhando.
Talvez por que Urano entrou em Áries, resolvo emergir em palavras, geminiando cá com minhas idéias. O ano começou com o carnaval em março, trabalho em janeiro, chuvas, inundações, revoltas populares no mundo islâmico, vulcões, e com o Planeta Urano ingressando na constelação de Áries e por algum motivo meu lado astrológico estourou. Para desespero de alguns amigos. Penso pelo menos que umas das primeiras ciências do homem: a astrologia, nunca matou ninguém. Nunca ouvi falar de alguma história em que a astrologia tenha matado alguém, não que eu saiba, tudo pode sempre ter uma segunda versão ainda não comprovada, diria meu lado geminiano... Agora quanto às outras ciências que se dizem Ciência com ar catedraticamente maiúsculo, não posso dizer o mesmo. É por que Urânio vaza, e aí meu amigo, nós viramos novamente uma geração atômica. Preocupa-nos a bomba, a usina, o que for, diante do poder que a ciência moderna conseguiu concentrar em suas mãos. Falando em mãos, procure imaginar o que é um bastão de Urânio enriquecido.
E hoje, depois de algumas aulas de sociologia e de história para o ensino médio, eu fiquei me perguntando, sobre qual régide de ciência que estamos vivendo? O que aconteceu dos tempos do Renascimento Cultural, até os tempos atômicos? Pois é. Andando pela rua hoje de manhã vi um certo ar triste no ar. Fico eu cá, brasileiro, imaginando o Japão.
E Fiquei pensando num homem renascentista observando esse tempo. Ou um astrólogo egípcio. Acho que ambos não iam gostar muito do ar desse novo milênio.
Mas a história segue, e ainda não inventaram a máquina do tempo, para desespero ou alegria dos professores de história. E se já tivessem inventado, acho pouco provável que alguém voltasse com alguma boa vontade para essa era. E cá sigo eu, tentando escrever na entrelinha, entre as provas do primeiro ano e do segundo. Continuo eu com o caramujo solto! Lento mais caminhante. Romântico, porém não menos racional, aguardo eu que dentre todo o desnudamento de verdades da chamada Nova Era, os caramujos fiquem soltos, sem se preocupar em sair correndo por conta de radiação. E que os astros nos guardem! Por que nós mesmos não estamos dando conta!

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